
Washington. O site WikiLeaks publicou uma lista secreta da diplomacia americana com locais em todo o mundo que os Estados Unidos consideram "vitais" à sua segurança nacional e desejam proteger de ataques terroristas, que inclui vários locais no Brasil.
Os olhares americanos estão nos cabos submarinos Americas-2 e GlobeNet, em Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro. O documento de quatro páginas cita ainda a mina de manganês e minério de ferro da Rio Tinto e mina de nióbio em Araxá (MG), que concentra 75% de toda a produção mundial, e Catalão/Ouvidor (GO).
De acordo com o documento diplomático vazado pelo site, parte de mais de 250 mil telegramas que estão sendo divulgados, o Departamento de Estado americano considera que um ataque a estes locais "afetaria de maneira significativa" a segurança americana.
O telegrama de fevereiro de 2009 pede às representações diplomáticas americanas um inventário das infraestruturas e empresas no mundo "cuja perda afetaria de maneira significativa a saúde pública, a segurança econômica e/ou a segurança nacional dos Estados Unidos".
Os Estados Unidos listam ainda uma mina de cobalto em Kinshasa, no Congo, e vários locais na Europa onde as empresas farmacêuticas produzem insulina, tratamento para picadas de cobra, além de vacinas.
O governo britânico foi o primeiro a criticar o vazamento da lista nesta segunda-feira, ao afirmar que é "prejudicial à segurança nacional dos Estados Unidos e do Reino Unido". A lista inclui vários pontos no Reino Unido, como um cabo transatlântico, uma empresa de engenharia naval na Escócia e três instalações no país de propriedade do grupo de defesa BAE Systems.
Investigação
O procurador-geral e secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, anunciou "ações significativas" na investigação, ainda em curso, sobre o vazamento dos documentos. Holder não especificou que tipo de ações foram autorizadas, mas voltou a criticar os vazamentos como "arrogantes, mal orientados e nada úteis".
Mark Stephens, advogado do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, afirmou que ele e seu cliente estão negociando um encontro com a Polícia britânica. Assange está sob alerta vermelho da Interpol, depois que a Justiça sueca emitiu uma ordem de prisão por acusações de estupro e agressão sexual.
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