O mercado de trabalho está começando a dar mais oportunidade para atuação dos Tecnólogos em Segurança do Trabalho, entre outros profissionais atuantes temos WANESSA FERNANDA, a nossa entrevistada do mês de abril, que recentemente formada já está exercendo sua função.
Wanessa Fernanda tem 23 anos e é natural de Paulista-PE. É técnica em Enfermagem, Graduada em Tecnologia de Segurança do Trabalho e recentemente e está cursando Pós-Graduação de Gestão da Qualidade e Produtividade pela POLI-UPE. Atua como Tecnóloga em Segurança do Trabalho na empresa Prevenção de Equipamentos contra Incêndio e também é componente do Grupo Trabalho Seguro Vida Futura sendo a responsável pelo setor administrativo e financeiro.
Ela
adora ler, assistir filmes, ouvir músicas e de estar na presença de amigos e
familiares. Admira a Filosofia, bem como as ciências em geral.
GTSVF- Para você, o que significa ser um Tecnólogo
em Segurança no Trabalho?
Fernanda- Tenho
muito orgulho da minha profissão, o curso conseguiu atingir minhas expectativas
iniciais, o restante foi necessária batalha.
GTSVF- Quais motivos o (a) levaram a escolher a profissão de Tecnólogoem Segurança no Trabalho?
Fernanda- Sempre
tive o desejo de estudar Direito, e em seguida especialização em Direito
Trabalhista, como pode perceber o trabalhador está no centro dos meus estudos.
Um amigo me indicou a grade curricular do curso, li, gostei, é claro, e
consegui uma bolsa de estudo integral para cursar a graduação.
GTSVF- Você acha que a faculdade onde você estudou
realmente valoriza o Tecnólogo em Segurança no Trabalho ou somente estava
interessada nos lucros financeiros?
Fernanda- Eu não sei exatamente o real propósito da instituição, se quer uma sociedade alicerçada na educação ou voltada para fins lucrativos. É certeza que uma empresa quer obter lucros, isso é claro, mas dizer que o verdadeiro motivo é lucro financeiro é muito radical. O que não pode acontecer é o corpo discente achar que a instituição tem o primordial dever, obrigação de levar o aluno até a porta da empresa para ele ser contratado. Se o maior interessado na formação acadêmica é o aluno, logo o maior esforço para ser desprendido tem que ser o dele (aluno).
Fernanda- Eu não sei exatamente o real propósito da instituição, se quer uma sociedade alicerçada na educação ou voltada para fins lucrativos. É certeza que uma empresa quer obter lucros, isso é claro, mas dizer que o verdadeiro motivo é lucro financeiro é muito radical. O que não pode acontecer é o corpo discente achar que a instituição tem o primordial dever, obrigação de levar o aluno até a porta da empresa para ele ser contratado. Se o maior interessado na formação acadêmica é o aluno, logo o maior esforço para ser desprendido tem que ser o dele (aluno).
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Uma das Empresas em Pernambuco que acredita no Tecnólogo em Segurança do Trabalho |
Fernanda- Quem
diz o profissional que deseja ser é o aluno e não a faculdade.
GTSVF- A competência depende do tempo que se passa
em uma sala de aula? O que garante a competência do Tecnólogo em segurança do
trabalho?
Fernanda- A
sala de aula é importante para obtenção do conhecimento, da teoria, não
obstante, um “mundo” de conhecimento está fora da sala de aula.
GTSVF- Quais as dificuldades você encontrou até
chegar o momento da tão almejada formatura?
Fernanda- Por
ser bolsista minha maior dificuldade foi na área financeira tendo que passar
várias horas na biblioteca para ler os livros solicitados por não poder tirar
cópias do material, mas tive amigos que muitas vezes me ajudaram, assim como
professores.
GTSVF- Quais as maiores dificuldades que um
Tecnólogo em Segurança no Trabalho enfrenta para o exercício de sua função?
Fernanda- Como
diz a Relatividade: Isso é relativo! O profissional de segurança, em especial,
o Tecnólogo pode atuar em vários seguimentos, dentre eles ministrarem aulas,
assim como, treinamentos, palestras, e uma gama de elaboração de programas.
Alguns colegas, no entanto, insistem em trabalhar em indústrias, dessa forma,
encontram alguns empecilhos, uma vez que não há, ainda, reconhecimento do
mercado (empresariado). O tecnólogo deve visualizar essas oportunidades e
valorizá-las para consolidação da profissão.
GTSVF- O mercado de trabalho está preparado para
receber os profissionais em Segurança no Trabalho? Por quê?
Fernanda- O
mercado de trabalho brasileiro, em sua maior proporção, sim. Temos um
empresariado que quer profissionais só para atender a Legislação e não para
ofertar uma Qualidade de Vida no Trabalho. Então, torna-se difícil a
implementação de medidas de segurança, inviabilizando o exercício do
profissional. Imagine também a frustração de muitos profissionais que acreditam
em mudança nessa qualidade ocupacional, mas não detêm esse “poder” de
transformação, quando na verdade eles são esses executores da mudança.
GTSVF- Qual a postura que uma empresa deve tomar para diminuir os números de
acidentes no trabalho?
Fernanda- Implantar
uma verdadeira política de segurança, acreditar e proporcionar condições para
que seus funcionários atuem de forma independente. Elaborar programas e
guardá-los na gaveta não representa uma empresa dentro dos padrões legais.
GTSVF- Quais as principais características que um
Tecnólogo em Segurança no Trabalho deve apresentar para que possa desenvolver
um trabalho eficaz?
Fernanda- Deve
compreender que Tecnologia em Segurança é um conjunto de ciências, deve possuir
uma visão holística, ver o todo, mas sob vários pontos de vista, sob vários
ângulos. Aí é que está o segredo da gestão em Segurança.
GTSVF- Você acha que existe preconceito contra o
Tecnólogo em Segurança no Trabalho por parte dos Técnicos e/ou Engenheiros de
Segurança no Trabalho? Qual a razão disso?
Fernanda- Todos
dizem que sim, eu também penso que sim, mas vou responder: NÃO!!! Eu penso o
seguinte: tudo o que é novo tratamos com desdém, ojeriza. POR QUÊ!!!??? Porque
não conhecemos, todos nós somos assim. Quando os profissionais de Segurança
entender o papel de cada um dentro do mercado de trabalho, então essas
diferenças serão minimizadas. E aí sim, os profissionais de Segurança unidos
terão força para exigir a real implementação da Política de Segurança. Mas,
enquanto a gente não se comunica, o país continua sendo recorde de acidentes e
mortes no ambiente de trabalho.
GTSVF- Você acha que as DRTs, hoje
Superintendências do Trabalho, têm colaborado com nossa profissão ou falta
atitude por parte delas? Justifique.
Fernanda- Mais
uma vez as instituições podem colaborar com o crescimento, mas os profissionais
não podem esperar mudanças por parte delas, muito menos responsabilidades.
GTSVF- Você acha que há espaço para os Tecnólogos
no SESMT?
Fernanda- Sim.
Não há motivos para empecilho, somos mais uma profissão colaborando para
reduzir acidentes, mortes, transtornos, danos, perdas, mais pagamentos de
impostos por parte da sociedade. Essa inserção é só questão de tempo.
GTSVF- Qual a situação
do seu Estado diante a segurança do trabalho?
Fernanda- Dá
até pra fazer um trocadilho: A situação do estado ou o estado da situação? Eu
sei que o estado que você fala é a forma de governo. Situação denota algo
passageiro, e estado algo duradouro. A gente tem que dizer, hodiernamente, o
estado do Estado de Pernambuco, uma vez que, este momento, crescimento é longo,
contínuo. Mas para Segurança dizemos a situação, pois ela sim é que deve ser
passageira, efêmera. Nós temos negligenciado a Segurança há muito tempo.
GTSVF- O que você tem feito ou pode realizar para
fazer a diferença no mercado de trabalho?
Fernanda- A
preparação é contínua, constante, e o profissional não pode pensar que a
graduação basta, precisa sempre de mais. É o que tenho feito, buscando,
constantemente, informação.
GTSVF- Houve alguma dificuldade para sua
contratação como Tecnóloga?
Fernanda- Eu
sempre digo que fui privilegiada, graças a um professor e não ex-professor, já
que aprendo constantemente com ele, tive a oportunidade de estagiar e acabei
sendo contratada pela empresa. Essa oportunidade da contratação deu-se também a
outros professores e a um grande amigo.
GTSVF- Como você se sente atuando na empresa na
área de sua formação?
Fernanda- Trabalhar
em uma empresa não era meu desejo inicial, quero atuar na docência. Para não
ser uma professora de teoria resolvi ir à prática. É claro que estou feliz, pois
quantos recém-formados estão atuando na sua área de formação eu não sei
responder, mas sei que é uma pequena porcentagem e eu estou dentro dela.
GTSVF- Como profissional em Tecnologia em Segurança
do trabalho, o que considera mais importante para essa profissão: Ter o CREA ou
a entrada na NR4?
Fernanda- Para
o profissional inseguro realmente ter o CREA ou está inserido na NR-4. Eu não
possuo nenhum dos dois e estou no mercado.
GTSVF- Quais conselhos
você daria a uma pessoa que quer iniciar o Curso superior em Segurança do
trabalho?
Fernanda- Leia
a grade curricular, converse com pessoas que estão fazendo o curso ou que já
estão formadas e se possível assista alguma aula.
GTSVF- Quais seus
objetivos profissionais que pretende alcançar para fortalecimento de sua
profissão?
Fernanda- Quero
ser uma Tecnóloga em Segurança que contribui para a sociedade, e não que está
na empresa apenas para cumprir legislação. Por isso a docência me atrai tanto,
lá vou trabalhar o que aprendi.
GTSVF- Como você
consegue conciliar seu tempo para resolver as questões administrativas do Grupo
Trabalho Seguro Vida Futura e cumprir com seus compromissos na empresa como
Tecnóloga em Segurança do Trabalho?
Fernanda- Tenho
ajuda do responsável comercial do site, sem dúvida nenhuma só executo por causa
do seu apoio e confiança.
GTSVF- Como você acha
que o site de tecnólogo em segurança do trabalho pode contribuir para a
qualidade de vida na rede mundial?
Fernanda- O
site tem alcance mundial, outro diferencial que é um site puramente
informativo, então profissionais da área, estudantes e a sociedade em geral
pode obter informações da área trabalhista, sempre com o censo crítico.
GTSVF- Usando a frase
“Trabalho Seguro, Vida Futura” crie uma mensagem para os nossos leitores.
Fernanda- Trabalho
Seguro “SEMPRE”, Vida Futura com qualidade para trabalhador, familiares e
sociedade.
GTSVF- Deixe uma
mensagem final para essa entrevista.
Fernanda- Se
profissionais de Segurança, empresariado e Estado atuarem juntos tiraremos o
Brasil dessa SITUAÇÃO, trabalho ser sinal de local desagradável, com medo de
acidentes, doenças, mortes. Ética, comprometimento, honestidade são termos que
devem acompanhar qualquer profissional, inclusive o Tecnólogo em Segurança.
Por: Josenir Rodrigues - Responsável pelas entrevistas Mensais.
Por: Josenir Rodrigues - Responsável pelas entrevistas Mensais.
1 Comentários
BOA TARDE!
ResponderExcluirAMEI A MATÉRIA!
SOU ESTUDANTE DO CURSO DE
TECNOLOGIA EM SEGURANÇA NO TRABALHO. ESTOU ESTAGIANDO! MAS TEMO PELA POSSIBILIDADE DE NÃO SER INSERIDA NO MERCADO DE TRABALHO. A MATÉRIA ME ESCLARECEU ALGUMAS DÚVIDAS!
OBRIGADO!
Seja Bem Vindo ao Grupo Trabalho Seguro Vida Futura, agradecemos sua visita, e aguardaremos seu retorno.