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Centro de Saúde do Trabalhador faz alerta contra o assédio moral


Trabalhadores que sofrem pressão, intimidação ou humilhação no ambiente de trabalho podem estar expostos ao assédio moral. Para lembrar o Dia de Reação ao Assédio Moral, comemorado quarta-feira, 2 de maio, o Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cerest) alerta para os danos e os procedimentos a serem tomados por pessoas vítimas deste agravo.
O assédio moral é todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinge, pela repetição, a autoestima e a segurança de um indivíduo, fazendo-o duvidar de si e de sua competência. Dentre os males causados estão a depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios que configuram um cotidiano sofrido.
Segundo a psicóloga do Cerest, Luana Salim, isso pode trazer sérios danos à saúde, à evolução da carreira profissional ou à estabilidade do vínculo empregatício dos trabalhadores no exercício de suas funções. “Nos casos mais graves, a Previdência Social reconhece os danos psicológicos e emocionais sofridos pelo trabalhador como acidente de trabalho, podendo acontecer a aposentadoria por invalidez precoce”, explica.
Luana ressalta que, apesar do atual conceito do assédio moral, já existe um estudo que pode comprovar que uma ação isolada e constrangedora do agressor pode se considerada assédio moral. De 2008 a 2012 o Cerest registrou 233 acolhimentos de agravos relacionados ao trabalho; destes; 15 foram de assédio moral, dos quais doze envolvendo mulheres e três com homens, dez servidores públicos e cinco do setor privado.
Segundo Luana Salim, no caso de assédio moral o trabalhador é orientado a anotar com detalhes as humilhações sofridas com dia, mês, ano, hora, local ou setor e nome do agressor. Também deve procurar a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações pela mesma pessoa, além de recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores. “O apoio é fundamental dentro e fora da empresa. A vítima deve se embasar de provas essenciais para fazer uma possível busca jurídica”, afirma.
Vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Cerest é um polo da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) destinado a ações que promovam a saúde do trabalhador. Tem como objetivo coordenar e articular as diretrizes da política nacional de segurança e saúde do trabalhador, por meio da atenção integral à saúde nas zonas urbana e rural, independentemente do vínculo empregatício e da forma de inserção no mercado de trabalho.
O centro faz acolhimento multiprofissional aos trabalhadores, dentre os quais o adoecimento mental relacionado ao trabalho. As ações estão voltadas para a redução de acidentes, doenças ocupacionais e outros agravos relacionados ao trabalho. O Cerest também trabalha com a elaboração de programas de educação e prestação de serviços sociais que orientam indivíduos, famílias e a comunidade sobre seus direitos e deveres. O centro fica na avenida Assis de Vasconcelos, 583. O telefone é (91) 4006-0065.

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