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Arena Pernambuco: A curva para mais 50% da arena


Vista geral
Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press

Um trabalho resume bem o ritmo atual na Arena Pernambuco. Três operários manejam um bloco de concreto, içado por um guindaste de médio porte. A peça se junta às outras dezenas na área central do futuro campo, ocupado por várias máquinas. No alto da obra, na ala sul da arquibancada superior, outros quatro trabalhadores organizam os blocos pré-moldados e aguardam a nova peça.

Alguns minutos depois, um potente guindaste, com capacidade para erguer até 400 toneladas, movimenta o concreto até lá, em uma distância de pelo menos quarenta metros, somando aos degraus já armados no setor, cada vez mais com uma “cara” de estádio de futebol. Paralelamente a isso, outros funcionários executam mais funções, com o avanço na alvenaria e as redes hidráulica e elétrica.

Com esse cenário, o empreendimento enfim passou de 50%, projetando a conclusão da outra metade nos próximos sete meses. Considerando que este é o 24º capítulo da série, ao longo de dois anos, como é possível vencer esse percentual numa fração de tempo tão curta?

A explicação técnica é baseada na “Curva S”, com a divisão da construção em três etapas. Na primeira, muito tempo e pouco avanço físico, retratado principalmente com a terraplenagem. Depois, com muito avanço em pouco tempo. É o cenário atual, que deve se estender até dezembro, encerrando o ciclo com pouco tempo e médio avanço, com o extenuante trabalho de acabamento.

Entre as mudanças práticas deste traçado está o crescimento médio por mês, que chegava a no máximo 4,5%. Agora, a meta é avançar pelo menos 6% a cada trinta dias, como foi repassado pela secretaria extraordinária do estado para a Copa 2014 no início de julho ao Comitê Organizador Local (COL), em mais uma visita técnica da Fifa, chefiada por Flavio Starling, gerente de relacionamento com as sedes.

Vista geral
Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press

A última vistoria da entidade será em novembro, para definir de uma vez por todas se o estado está habilitado para Copa das Confederações de 2013. A previsão é que a arena alcance 79,47% nessa inspeção. Atualmente são quatro mil operários. Entre guindastes e gruas, são doze equipamentos, que transformaram o horizonte e um dos principais polos da engenharia civil no estado.

Ainda na rodovia BR-408 é possível notar o canteiro de obras. Por sinal, a entrada já foi completamente modificada, com o início do viaduto na alça de acesso ao complexo, no complemento da duplicação da estrada federal, em uma obra presente na matriz de responsabilidades. Quando se fala em pressão sobre o tempo na arena, isso se estende à mobilidade urbana, naturalmente. A previsão é que o acesso seja concluído antes da arena.

Diretor de investimentos e engenharia da Odebrecht, o paulista José Ayres de Campos, integrante da tropa à frente do consórcio, garante o aumento na rapidez do trabalho, numa consequência direta de uma obra deste porte. “Esse é o momento de maior avaço. A obra já avançou também em conhecimento no setor sul.

O custo desse aprendizado foi investido na obra e será importante para o restante da obra. Isso também se aplica à curva S”, diz o Ayres. Sobre a quantidade de equipamentos, o engenheiro diz que o momento atual é o limite, até mesmo pelo espaço disponível.

“Não dá para colocar mais equipamentos. O que temos de equipamentos para montar a arquibancada é suficiente para o desempenho. Precisamos, sim, de uma estrutural ágil, para montar e desmontar máquinas (para trabalhar em diferentes setores)”. Daí, o conhecimento do primeiro setor como fomento para o restante da arena.

No fim, o raciocínio direto para a curva mais acelerada de todo o processo, para crescer os demais 50% em sete meses. “Quando a obra ‘sai da terra’, passamos a ter o maior controle sobre o cronograma, pois ficamos com menos vulnerabilidade devido ao clima”.

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Importando os detalhes do estádio

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Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press

A fase de concreto e aço segue como foco absoluto na Arena Pernambuco. Mas as peças para novas e grandes vertentes do projeto já começaram a chegar. Importadas. No estacionamento da arena, dezenas de caixas de papelão cobertas por lonas guardam os oito elevadores e as treze escadas rolantes da arena.

Uma rota longa até São Lourenço, saindo de Beijing, na China, do outro lado do mundo. Não tão longe, mas do outro lado do Atlântico, navios trouxeram a cobertura metálica. Em Suape já encontra-se 25% da estrutura, trazida da Espanha e inspirada no estádio do clube Real Sociedad. Parte do estádio já pode comportar a colocação da cobertura. O trajeto para a locomoção do guindastes específico para a ação já foi reforçado. O trabalho deve começar em agosto.

Nos próximos dias também deverá atracar no porto o revestimento lateral na cobertura do estádio. O material plástico será o mesmo utilizado no Cubo D'Água, a arena das provas de natação nos Jogos de Olímpicos de 2008. Produzido pela empresa alemã Vecto Foiltec, já de contrato assinado, o produto substitui a ideia anterior, que contaria com peças metálicas e de vidro. A necessidade de acelerar a obra, incluindo acordo com fornecedores, qualidade e velocidade na instalação foram decisivor para a reavaliação, que deverá dar uma nova cara ao design externo do empreendimento. Ou seja, será apresentado o 4º modelo desde o lançamento, em 2009.

Grama - Foi definido o tipo de grama que será colocado no estádio. Conforme previsto, será a grama “Bermuda”. Contudo, consórcio e Fifa seguem discutindo sobre a forma do plantio, no principal ponto de discussão sobre arena. Para equilibrar o tempo, a construtora necessita da área central de campo. A Fifa quer o plantio de sementes, que demanda cerca de seis meses e a liberação imediata do futuro campo. O meio termo vem sendo costurado.

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Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press


O portão de acesso para os futuros craques

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Foto: Helder Tavares/DP/D.A. Press

No padrão Fifa, o portão de acesso das equipes ao gramado fica bem no centro do campo. E precisa ser, necessariamente, o mesmo caminho para os dois times. Faz parte do projeto “fair play” adotado pela entidade mundo afora. Com a execução das obras ultrapassando a barreira de 50%, o portão já foi construído, com a armação de concreto pré-moldado. Dá acesso aos quatro vestiários do estádio. Após o Mundial, três deles serão customizados para os três grandes clubes do Recife.

Diário PE          

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