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Mensalão: em uma defesa ousada, advogado de Delúbio Soares admite caixa 2



"Ele operou caixa dois de campanha, mas não corrompeu ninguém". A afirmação é do advogado Arnaldo Malheiros Filho, responsável pela defesa do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que apresentou sua sustentação oral nesta segunda-feira (6) durante julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). A admissão do crime eleitoral é porque este já prescreveu enquanto o da acusação da Procuradoria-Geral da República no processo do mensalão, de corrupção ativa, ainda é passível de condenação.

Responsável pelas finanças da campanha do ex-presidente Lula, o ex-petista é acusado de orientar a distribuição do dinheiro para congressistas, que, em troca, votariam com o governo federal. "Foi dado dinheiro a uma porção de pessoas sem mandato", afirmou também o defensor, que apresentou um gráfico mostrando que quando os repasses aumentaram o apoio do PL, PTB e PMDB aos projetos do governo no Congresso caíram.

O defensor justificou com o crime de caixa dois o motivo que levou os envolvidos a fazerem transações basicamente em dinheiro vivo. "O procurador disse que uma pergunta que nunca foi respondida é por que tudo era em cash? As alegações respondem: porque era ilícito. O PT não podia fazer transferência de um dinheiro que não tinha entrado. As despesas pagas eram sem nota. Quem tem vivência de eleições sabe que o que circula é a moeda corrente".

Malheiros declarou que a prova de corrupção ativa apresentada contra seu cliente "é pífia, é esgarçada, é rala" e, em uma afirmação ousada, sugeriu que "se toda vantagem que os servidores público receberem for crime, os ministros do STF seriam todos condenados, porque eles vivem recebendo livros jurídicos de editoras".

Com informações da Agência Estado

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