Responsabilidade Social Empresarial

                                                  Por Marcelo Oliveira da Silva

Atualmente na disputa de uma fatia no espaço do mercado globalizado, as empresas estão verificando um método novo, buscando uma gestão transparente em relação ao seu público nos quais se relaciona, e para se destacarem dentro da sociedade, os responsáveis das mesmas estão cada vez mais investindo e desenvolvendo idéias criativas juntamente com seus funcionários e interagindo com a sociedade, visando ética, cidadania e transparência para colaboradores e até mesmo para seus clientes, contribuindo assim com a sociedade no seu dia-a-dia, tendo valores da organização bem definidos para poderem desempenhar a Responsabilidade Social Empresarial.

Dentro da responsabilidade social empresarial, devem ser definidos os valores da empresa, onde são mencionadas as crenças, como a organização funciona mostrando ética, integração, responsabilidade, democracia e cidadania. Nos valores da organização mostram-se o conjunto de ações éticas que auxiliam gerentes e funcionários a tomar decisões de acordo com os princípios da organização. Quando bem implementado os valores éticos tendem a especificar a maneira como a empresa administrará os negócios e consolidará relações com fornecedores, clientes e outras pessoas envolvidas.

O presente tem o seguinte problema de pesquisa: Quais as vantagens das organizações se adaptarem a responsabilidade social empresarial? Para responder o seguinte problema, a investigação tem como objetivo geral verificar o que é a responsabilidade social empresarial e, como especifico: descrever de que forma o funcionário pode ser um voluntario.

Palavras – chaves: Responsabilidade social empresarial, valores da organização, voluntariado.

Responsabilidade Social Empresarial

O conceito de responsabilidade social empresarial é complexo e dinâmico, para alguns ele está associado à ideia de responsabilidade legal; para outros pode significar um comportamento socialmente responsável no sentido ético. Para a responsabilidade social empresarial é necessário relações de parceria entre clientes e fornecedores, produção com qualidade, satisfação dos usuários, contribuições para o desenvolvimento da comunidade; investimentos em pesquisa tecnológica, conservação do meio ambiente, participação de funcionários nos resultados e nas decisões das empresas, respeito aos direitos dos cidadãos, não discriminação dos gêneros, raças, idades, etnias, religiões, ocupações, preferências sexuais, investimentos em segurança do trabalho e em desenvolvimento profissional.

No quadro a seguir, são apresentados alguns mandamentos da ética, bem como os seus respectivos conceitos descritos por Neto, Froes (2001).

Sua Empresa é socialmente responsável se ela é.....

1. Ecológica – Usa papel reciclado em produtos e embalagens.

5. Saudável – Dá incentivos financeiros para os funcionários que alcançam metas de saúde como redução de peso e colesterol baixo.

1. Filantrópica – Permite que os funcionários reservem parte do horário de serviços para a prestação de trabalho voluntário.

6. Educativa – Permite que grupos de estudantes visitem as suas dependências.

1. Flexível – Deixa que os funcionários ajustem sua jornada de trabalho ás necessidades pessoais.

7. Comunitária – Cede as suas instalações esportivas para campeonatos de escolas das redondezas.

1. Interessada – Faz pesquisas entre os funcionários para conhecer seus problemas e tentar ajudá-los.

8. Íntegra – Não lança mão de propaganda enganosa, vendas casadas e outras práticas de marketing desonesto.

Os autores ainda ressaltam que, as empresas socialmente responsáveis destacam-se pelo seu padrão de comportamento social, econômico, cultural e politico, visando alto comprometimento com a comunidade, atuando em parcerias com o governo, e demais empresas e entidades em programas e projetos sociais, viabiliza projetos sociais independentemente dos benefícios fiscais existentes (NETO, FROES, 2001).

E esses são os valores da organização. No mundo dos negócios, os valores, quando praticados, são a marca registrada da organização e norteiam todos os movimentos (Somenzi, 2007).

A peça-chave para fazer qualquer engrenagem se movimentar focada em seus objetivos, desde o mais estratégico ao mais operacional, ou seja, como se diz por aí: do "porteiro ao presidente", é praticar os valores da organização (Somenzi, 2007).

Voluntariado

O voluntariado é uma atividade inerente ao exercício de cidadania que se traduz numa relação solidária para com o próximo, participando, de forma livre e organizada, na solução dos problemas que afetam a sociedade em geral. Desenvolve-se através de projetos e programas de entidades públicas e privadas com condições para integrar voluntários, envolvendo as entidades promotoras. Corresponde a uma decisão livre e voluntária apoiada em motivações e opções pessoais que caracterizam o voluntário.

O voluntariado é o conjunto de ações de interesse social e comunitário em que toda a atividade desempenhada reverte a favor do serviço e do trabalho. É feito sem recebimento de qualquer remuneração ou lucro. É uma profissão de prestígio, pois o voluntário ajuda quem precisa contribuindo para um mundo mais justo e mais solidário.

Conforme, Organização das Nações Unidas:

"O voluntário é o jovem ou adulto que, devido ao seu interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem estar social ou outros campos…"

O voluntariado obedece aos princípios da solidariedade, da participação, da cooperação, da complementaridade, da gratuitidade, da responsabilidade e da convergência.

• Solidariedade – Responsabilidade de todos os cidadãos na realização dos fins do voluntariado.
• Participação – Intervenção de voluntários e de entidades promotoras em áreas de interesse social.
• Cooperação – Combinação de esforços e de projetos de entidades promotoras de voluntariado.
• Complementaridade – O Voluntário não deve substituir os recursos humanos das entidades promotoras.
• Gratuitidade – O Voluntário não é remunerado pelo exercício do seu voluntariado.
• Responsabilidade – O Voluntário é responsável pelo exercício da atividade que se comprometeu realizar, dadas às expectativas criadas aos destinatários desse trabalho voluntário.

• Convergência – Harmonização da atuação do voluntário com a cultura e objetivos da entidade promotora.

Conclusão

Com base no estudo realizado pode-se concluir que para uma organização ser responsável socialmente a grande vantagem está em ter um modelo de gestão que parte de princípios cooperativos e colaborativos, sejam eles com parceiros, fornecedores, clientes, colaboradores entre outros. Desta forma, ser uma organização com uma gestão diferenciada permite incentivar e motivar os funcionários e envolvidos a realizarem ações de voluntárias trazendo para a organização práticas de cidadania e solidariedade.

Entretanto, acredita-se que a grande vantagem de ser uma organização com uma visão de Responsabilidade Social é envolver a todos participantes dela a assumirem essa cultura humanitária que traz não somente ganhos para a empresa, mas também para o mundo. Visto que, ações de responsabilidade proporcionam o bem social da nação.

Assim, com o presente estudo buscou-se evidenciar as vantagens para uma empresa tornar-se socialmente responsável e também apresentar os conceitos para que as organizações e pessoas que ainda não começaram a praticar a Responsabilidade Social fiquem incentivadas a praticar e atuar dentro dessa visão apresentada.

Conclui-se que a responsabilidade social muito mais do que fazer parte de marketing da Empresa, é uma questao tambem pessoal, pois nós como seres viventes em sociedade, desde que nascemos aprendemos a melhorar nossa conduta e parte dela refere-se a auxilio a quem necessita, nao importando se esse auxílio é via financeiro, intelectual, psiquico ou mesmo espiritual. Por que em certos momentos existem atitudes que nao tem preço.

E como uma Empresa nada mais é do que, pessoas trabalhando por uma mesma causa, isso se aplica tambem a estas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
NETO, FROES. Francisco P. de Melo, César. Gestão da Responsabilidade Social Corporativa: O Caso Brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed.2001.

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