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Fundacentro anuncia reabertura de unidade em Santos/SP

Atividades serão iniciadas até setembro deste ano
Por ACS/CR em 02/04/2014

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, e a presidenta da Fundacentro, Maria Amelia de Souza Reis, estiveram em Santos/SP, em 31 de março, para anunciar a reativação de uma unidade da instituição na região. Na Gerência Regional do Trabalho e Emprego, eles se reuniram com a gerente Rosângela Mendes Ribeiro Silva e com representantes regionais das centrais sindicais.

Em seguida, participaram de uma mesa na Câmara Municipal, aberta ao público, que contou com a presença do vereador Evaldo Stanislau e sindicalistas. Na ocasião, houve a assinatura simbólica do ofício enviado à Secretaria Patrimonial da União – SPU solicitando o imóvel para a instalação da Fundacentro. As atividades serão iniciadas até setembro, após algumas reformas. A SPU já recebeu os documentos necessários para formalizar a doação do prédio localizado na esquina da Avenida Ana Costa com a Rua Júlio Mesquita, área que concentra uma quantidade expressiva de sindicatos.

“Desde que assumi o Ministério, disse que queria fazer da Fundacentro um centro de referência. Temos que estar aqui, em campo, trabalhando onde as coisas estão acontecendo. O que acontecer aqui vamos repercutir para o Brasil todo. O setor portuário está crescendo, e é fundamental a prevenção para que os trabalhadores tenham saúde e segurança no trabalho”, afirmou o ministro Manoel Dias na Câmara.

“Gostaria de agradecer ao grupo que se mobilizou para obter essa conquista. Esse grupo de sindicalistas deve ser exemplo para todos”, completou Maria Amelia Reis, durante o evento. Já Sérgio Martins, representante da SPU, destacou a importância da parceria com a Fundacentro e de promover o uso pelo serviço público de imóveis ociosos.

Mobilização

A reabertura do escritório de representação da Fundacentro, desativado em 2011 pela administração anterior, foi motivada pelamobilização dos sindicalistas da Baixada Santista. Eles entregaram um documento para a presidenta Maria Amelia Reis, no final de janeiro com a reivindicação. Desde então foi formado um grupo de trabalho, denominado Comissão Pró-Fundacentro, que organizou o evento de 31 de março e reúne servidores e sindicalistas.

No encontro, na Gerência Regional do Trabalho e Emprego, Maria Amelia Reis destacou a importância do grupo, por ser constituído pela base, que “diz aquilo que precisa ser dito”. “Nada se faz fora do contexto da realidade. A Fundacentro está viva e aberta aos trabalhadores”, completou a presidenta.

Os sindicalistas destacaram a importância da presença da instituição na Baixada Santista diante das crescentes demandas do Porto de Santos, da área de transporte e construção. “A vinda da Fundacentro à Baixada é fundamental para que estudos sejam feitos para a proteção dos trabalhadores no ambiente de trabalho. São questões portuárias, de petróleo e gás, da construção civil. Temos o maior porto da América Latina. Por isso, todas as centrais sindicais se reuniram para participar e ajudar a Fundacentro. Precisamos também de um reforço na fiscalização, pois a demanda é grande”, explicou Francisco Nogueira, presidente do Sindicato dos Empregados Terrestres em Transporte Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo – Settaport.

“O Conselho Sindical está contente com o retorno da Fundacentro, que é muito importante para todas as categorias”, completou Fernando Gaspar, do Conselho Sindical Regional da Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira.

Temas como a precarização do trabalho, os problemas oriundos da terceirização e a falta de auditores fiscais também estiveram em pauta assim como o desejo de ser ouvido. “A nossa expectativa é para uma efetiva participação dos trabalhadores”, afirma Marcos Sérgio Duarte, dos Urbanitários.

O ministro do Trabalho Manoel Dias reforçou o papel da Fundacentro e falou sobre o déficit de funcionários no MTE, que tem realizado concurso para reposição de parte do quadro. O crescimento de empregos e a criação de um ciclo virtuoso que gera mais consumo foi destacado. Agora o desafio é melhorar a qualidade do trabalho e de vida e para isso as parcerias são essenciais.

“Nosso Ministério tem papel fundamental. A terceirização deve ser discutida para que não se precarize o trabalho. Diante desse avanço, a segurança e saúde no trabalho é importante. A Fundacentro é um órgão mundialmente reconhecido por suas pesquisas e estudos. Estamos dando prioridade à instituição”, relatou Manoel Dias.

Já a gerente do Trabalho, Rosângela Mendes, destacou a variedade de setores presentes na região, que conta com Porto, área rural, pesca e indústrias.

“Só não tínhamos aeroviários, mas agora o aeroporo do Guarujá foi aprovado. O que me preocupa é a presença de quase 50scanners no Porto e o problema da radiação. Outra questão é o benzeno. Somos a região com o maior número de empresas em que ele está presente e não temos um grupo para isso. O calor neste ano também afetou várias categorias profissionais pela falta de climatização nos ambientes de trabalho”, analisou a gerente.

Prédio

Parte do imóvel em que a instituição será instalada é usada pelo Ministério da Agricultura. Uma área de aproximadamente 2850 m² será destinada ao Escritório de Representação da Fundacentro na Baixada Santista. Um engenheiro já fez o layout para a reforma inicial.

Em um primeiro momento, no salão principal, haverá uma sala de treinamento, um auditório, quatro salas destinadas aos técnicos da instituição, área de exposição e os escritórios administrativo e de chefia. O projeto também prevê um espaço para leitura e publicações sobre Segurança e Saúde no Trabalho.

Em um segundo momento, a área técnica será ampliada, com novas salas, e ocorrerá a ampliação do auditório. Haverá ainda uma sala de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego, parque gráfico e estacionamento.

Em Santos, os espaços para a realização de cursos e eventos possibilitarão que conhecimentos sobre segurança e saúde no trabalho sejam compartilhados e temas relevantes para a prevenção de adoecimentos e acidentes do trabalho na região sejam discutidos.

Os trabalhadores também poderão conhecer publicações da área. As ações e projetos desenvolvidos levarão em conta os problemas locais, priorizando a discussão tripartite. “Estaremos sempre abertos para ouvir as demandas dos trabalhadores e buscar soluções conjuntas por meio de nossos estudos e pesquisas”, finaliza Maria Amelia Reis.

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