
De acordo com pesquisa realizada pela instituição com mil profissionais, 93% das pessoas entrevistadas sente exaustão, um cansaço físico e mental; 86% sentem irritabilidade; 82% sofrem de falta concentração e 74% sentem dificuldades de relacionamento no trabalho. “Alguns profissionais que vivem uma tensão muito constante, com um alto nível de pressão externa e a impossibilidade de errar, são mais propensas a desenvolver a Síndrome de Bournet”, informa Ana Maria.
Em pesquisa realizada pela Isma-BR, entre as profissões mais estressantes, estão em primeiro lugar, os profissionais civis e militares que atuam na área de segurança; os executivos, bancários e pessoas que lidam com atendimento ao público empatam em terceiro lugar; os profissionais que atuam em áreas distintas da sua formação profissional em quarto lugar e os jornalistas ocupam o quinto lugar. De acordo com Ana Maria, os profissionais que atuam em empresas de Factoring também estão propensos a desenvolver a Síndrome de Bournet por trabalharem com um alto nível de risco.
Ana Maria informa que o Bournet gera um prejuízo de 4.5% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, devido à diminuição da qualidade e ausência no trabalho. “Muitos profissionais pedem demissão ou são até demitidos ou afastados por problemas de saúde em geral.”. No endereço eletrônico da Isma-BR (www.ismabrasil.com.br) é possível verificar seu nível de estresse.
A síndrome de Burnout (do inglês "to burn out", queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970.
Estágios
São doze os estágios de Burnout: necessidade de se afirmar; dedicação intensificada - com predominância da necessidade de fazer tudo sozinho; descaso com as necessidades pessoais - comer, dormir, sair com os amigos começam a perder o sentido; recalque de conflitos - o portador percebe que algo não vai bem, mas não enfrenta o problema. É quando ocorrem as manifestações físicas; reinterpretação dos valores - isolamento, fuga dos conflitos. O que antes tinha valor sofre desvalorização: lazer, casa, amigos, e a única medida da auto-estima é o trabalho; negação de problemas - nessa fase os outros são completamente desvalorizados e tidos como incapazes. Os contatos sociais são repelidos, cinismo e agressão são os sinais mais evidentes; recolhimento; mudanças evidentes de comportamento; despersonalização; vazio interior; depressão - marcas de indiferença, desesperança, exaustão. A vida perde o sentido; e, finalmente, a síndrome do esgotamento profissional propriamente dita, que corresponde ao colapso físico e mental. Esse estágio é considerado de emergência e a ajuda médica e psicológica uma urgência.
Sintomas
Os sintomas são variados: fortes dores de cabeça, tonturas, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, problemas digestivos. Segundo Dr. Jürgen Staedt, diretor da clínica de psiquiatria e psicoterapia do complexo hospitalar Vivantes, em Berlim, parte dos pacientes que o procuram com depressão são diagnosticados com a síndrome do esgotamento profissional. O professor de psicologia do comportamento Manfred Schedlowski, do Instituto Superior de Tecnologia de Zurique (ETH), registra o crescimento de ocorrência de "Burnout" em ambientes profissionais, apesar da dificuldade de diferenciar a síndrome de outros males, pois ela se manifesta de forma muito variada: "Uma pessoa apresenta dores estomacais crônicas, outra reage com sinais depressivos; a terceira desenvolve um transtorno de ansiedade de forma explícita", e acrescenta que já foram descritos mais de 130 sintomas do esgotamento profissional.[1]
Burnout é geralmente desenvolvida como resultado de um período de esforço excessivo no trabalho com intervalos muito pequenos para recuperação, mas alguns consideram que trabalhadores com determinados traços de personalidade (especialmente de neuroses) são mais suscetíveis a adquirir a síndrome. Pesquisadores parecem discordar sobre a natureza desta síndrome. Enquanto diversos estudiosos defendem que burnout refere-se exclusivamente a uma síndrome relacionada à exaustão e ausência de personalização no trabalho, outros percebem-na como um caso especial da depressão clínica mais geral ou apenas uma forma de fadiga extrema (portanto omitindo o componente de despersonalização).
Trabalhadores da área de saúde são freqüentemente propensos ao burnout. Cordes e Doherty (1993), em seu estudo sobre esses profissionais, encontraram que aqueles que tem freqüentes interações intensas ou emocionalmente carregadas com outros estão mais suscetíveis.
Os estudantes são também propensos ao burnout nos anos finais da escolarização básica (ensino médio) e no ensino superior; curiosamente, este não é um tipo de burnout relacionado com o trabalho, talvez isto seja melhor compreendido como uma forma de depressão. Os trabalhos com altos níveis de stress podem ser mais propensos a causar burnout do que trabalhos em níveis normais de stress. Taxistas, bancários, controladores de tráfego aéreo, músicos, professores e artistas parecem ter mais tendência ao burnout do que outros profissionais. Os médicos parecem ter a proporção mais elevada de casos de burnout (de acordo com um estudo recente no Psychological Reports, nada menos que 40% dos médicos apresentavam altos níveis de burnout)
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional).
O termo Burnout é uma composição de burn=queima e out=exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço.
Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores).
utros autores, entretanto, julgam a Síndrome de Burnout algo diferente do estresse genérico. Para nós, de modo geral, vamos considerar esse quadro de apatia extrema e desinteresse, não como sinônimo de algum tipo de estresse, mas como uma de suas conseqüências bastante sérias.
De fato, esta síndrome foi observada, originalmente, em profissões predominantemente relacionadas a um contacto interpessoal mais exigente, tais como médicos, psicólógos, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros. Hoje, entretanto, as observações já se estendem a todos profissionais que interagem de forma ativa com pessoas, que cuidam ou solucionam problemas de outras pessoas, que obedecem técnicas e métodos mais exigentes, fazendo parte de organizações de trabalho submetidas à avaliações.
Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil.
Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional, problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe.
Os autores que defendem a Síndrome de Burnout como sendo diferente do estresse, alegam que esta doença envolve atitudes e condutas negativas com relação aos usuários, clientes, organização e trabalho, enquanto o estresse apareceria mais como um esgotamento pessoal com interferência na vida do sujeito e não necessariamente na sua relação com o trabalho. Entretanto, pessoalmente, julgamos que essa Síndrome de Burnout seria a conseqüência mais depressiva do estresse desencadeado pelo trabalho.
A Síndrome de Burnout em Professores
A burnout de professores é conhecida como uma exaustão física e emocional que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui. Sintomaticamente, a burnout geralmente se reconhece pela ausência de alguns fatores motivacionais: energia, alegria, entusiasmo, satisfação, interesse, vontade, sonhos para a vida, idéias, concentração, autoconfiança e humor.
Um estudo feito entre professores que decidiram não retomar os postos nas salas de aula no início do ano escolar na Virgínia, Estados Unidos, revelou que entre as grandes causas de estresse estava a falta de recursos, a falta de tempo, reuniões em excesso, número muito grande de alunos por sala de aula, falta de assistência, falta de apoio e pais hostis. Em uma outra pesquisa, 244 professores de alunos com comportamento irregular ou indisciplinado foram instanciados a determinar como o estresse no trabalho afetava as suas vidas. Estas são, em ordem decrescente, as causas de estresses nesses professores:
- Políticas inadequadas da escola para casos de indisciplina;
- Atitude e comportamento dos administradores;
- Avaliação dos administradores e supervisores;
- Atitude e comportamento de outros professores e profissionais;
- Carga de trabalho excessiva;
- Oportunidades de carreira pouco interessantes;
- Baixo status da profissão de professor;
- Falta de reconhecimento por uma boa aula ou por estar ensinando bem;
- Alunos barulhentos;
- Lidar com os pais.
Os efeitos do estresse são identificados, na pesquisa, como:
- Sentimento de exaustão;
- Sentimento de frustração;
- Sentimento de incapacidade;
- Carregar o estresse para casa;
- Sentir-se culpado por não fazer o bastante;
- Irritabilidade.
As estratégias utilizadas pelos professores, segundo a pesquisa, para lidar com o estresse são:
- Realizar atividades de relaxamento;
- Organizar o tempo e decidir quais são as prioridades;
- Manter uma dieta balanceada e fazer exercícios;
- Discutir os problemas com colegas de profissão;
- Tirar o dia de folga;
- Procurar ajuda profissional na medicina convencional ou terapias alternativas.
Quando perguntados sobre o que poderia ser feito para ajudar a diminuir o estresse, as estratégias mais mencionadas foram:
- Dar tempo aos professores para que eles colaborem ou conversem;
- Prover os professores com cursos e workshops;
- Fazer mais elogios aos professores, reforçar suas práticas e respeitar seu trabalho;
- Dar mais assistência;
- Prover os professores com mais oportunidades para saber mais sobre alunos com comportamentos irregulares e também sobre as opções de programa para o curso;
- Envolver os professores nas tomadas de decisão da escola e melhorar a comunicação com a escola.
Como se pode ver, o burnout de professores relaciona-se estreitamente com as condições desmotivadoras no trabalho, o que afeta, na maioria dos casos, o desempenho do profissional. A ausência de fatores motivacionais acarreta o estresse profissional, fazendo com que o profissional largue seu emprego, ou, quando nele se mantém, trabalhe sem muito esmero.
O Burnout em Enfermeiros
Os enfermeiros, pelas características do seu trabalho, estão também predispostos a desenvolver burnout.Estes profissionais trabalham diretamente e intensamente com pessoas em sofrimento.
Particularmente os enfermeiros que trabalham em áreas como oncologia, muitas vezes se sentem esgotados pelo fato de continuamente darem muito de si próprios aos seus doentes e, em troca, pelas caracteristicas da doença, receberem muito pouco.
Luís Sá (2006), num estudo realizado com 257 enfermeiros de oncologia, verificou que estes profissionais se encontravam mais desgastados emocionalmente quando comparados com enfermeiros de outras áreas. Um dos principais fatores encontrados da origem do burnout, foi a falta de controle sobre o trabalho Faz-se necessário, ainda, acrescentar que nos territórios da Educação, a Síndrome de Burnout adquire aspectos mais complexos pelo fato de agregar valores oriundos dos sistemas de educação que se alimentam de perspectivas utópicas que interferem, diretamente, no trabalho do professor. Currículos, diretrizes, orientações e demais processos burocráticos acabam por disseminar discussões que sempre acabam acumulando estresse nos processos de ensino e apredizagem e, consequentemente, envolve o professor e sua práxis. A sociedade, por sua vez transfere responsabilidades extras ao professor, sobrecarregando-o e inculcando-lhe papéis que não serão desempenhados com a competência necessária.
Estresse
O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.
O stress pode ser causado pela ansiedade e pela depressão devido à mudança brusca no estilo de vida e a exposição a um determinado ambiente, que leva a pessoa a sentir um determinado tipo de angústia. Quando os sintomas de estresse persistem por um longo intervalo de tempo, podem ocorrer sentimentos de evasão (ligados à ansiedade e depressão). Os nossos mecanismos de defesa passam a não responder de uma forma eficaz, aumentando assim a possibilidade de vir a ocorrer doenças, especialmente cardiovasculares.
Terminologia
O termo estresse foi usado por Selye (1976)[1] com um sentido neutro - nem positivo nem negativo. Ele o definiu como "reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência". A partir dessa definição Selye diferencia dois tipos de estresse: o "eustresse" (eustress), que indica a situação em que o indivíduo possui meios (físicos, psíquicos...) de lidar com a situação, e o "distresse" (distress), que indica a situação em que a exigência é maior do que os meios para enfrentá-la. Apesar de ainda ser usado em inglês, o termo "distresse" caiu quase em desuso, sendo substituído pelo próprio termo estresse, que passou a ter o sentido (atual) negativo de desgaste físico e emocional[2].
Outro termo importante no estudo do estresse é o termo estressor, que indica um evento ou acontecimento que exige do indivíduo uma reação adaptativa à nova situação; a essa reação se dá o nome de coping (ing. lidar). Tais reações de coping podem ser funcionais ou desfuncionais, conforme cumpram ou não sua função na superação da situação na adaptação a ela[3].
Os estressores, dependendo do grau de sua nocividade e do tempo necessário para o processo de adaptação, dividem-se em[3]:
1. acontecimentos biográficos críticos (ing. life events): são acontecimentos (a) localizáveis no tempo e no espaço, (b) que exigem uma reestruturação profunda da situação de vida e (c) provocam reações afetivo-emocionais de longa duração. Esse acontecimentos podem ser positivos e negativos eter diferentes graus de normatividade, ou seja, de exigência social. Exemplos são casamento, nascimento de um filho, morte súbita de uma pessoa, acidente, etc.
2. estressores traumáticos: são um tipo especial de acontecimentos biográficos críticos que possuem uma intensidade muito grande e que ultrapassam a capacidade adaptativa do indivíduo (ver trauma).
3. estressores quotidianos (ing. daily hassels): são acontecimentos desgastantes do dia-a-dia, que interferem no bem-estar do indivídou e que esse experiencia como ameaçadores, magoantes, frustrante ou como perda. Exemplos são problemas com o peso ou com a aparência, problemas de saúde de parentes próximos que exigem cuidados, aborrecimentos com acontecimentos diários (cuidados com a casa, aumento de preços, preocupações financeiras, etc.)
4. estressores crônicos (ing. chronic strain): são (a) situações ou condições que se extendem por um período relativamente longo e trazem consigo experiências repetidas e crônicas de estresse (exemplos: excesso de trabalho, desemprego, etc.) e (b) situações pontuais (ou seja com começo e fim definidos) que trazem consigo consequências duradouras (Exemplo: estresse causado por problemas decorrentes do divórcio).
Exemplos de estressores:
- Desprezo amoroso
- Dor e mágoa
- Luz forte
- Níveis altos de som
- Eventos: nascimentos, morte, guerras, reuniões, casamentos, divórcios, mudanças, doenças crónicas, desemprego e amnésia.
- Responsabilidades: Dívidas não pagas e falta de dinheiro
- Trabalho/estudo: provas, tráfego lento e prazos pequenos para projetos
- Relacionamento pessoal: conflito e decepção
- Estilo de vida: comidas não-saudáveis, fumo, alcoolismo e insônia
- Exposição de stress permanente na infância (abuso sexual infantil).
- Idade
- Calor
Teorias do estresse
As várias teorias do estresse, antes de serem teorias concorrentes, são teorias complementares, que se baseiam umas nas outras.
Reação de emergência
Uma das primeiras teorias do estresse, apresentada pelo fisiologista Walter Cannon em 1914, ainda antes de a palavra ser utilizada com o sentido atual, foi a chamada "teoria da luta ou fuga" (fight-or-flight). Segundo essa teoria em situações de emergência o organismo se prepara para "o que der e vier", ou seja, para lutar ou fugir, segundo o caso. Esse tipo de reação foi observado em animais e em humanos. Estudos empíricos puderam observar um outro tipo de reação, chamado "busca de apoio" (tend-and-befriend), observado pela primeira vez em mulheres. Essa outra reação ao estresse caracteriza-se pela busca de apoio, proteção e amizade em grupos.
Síndrome geral de adaptação
Essa teoria, chamada general adaption syndrome em inglês, é a teoria original de Seyle (1936), segundo a qual o organismo reage à percepção de um estressor com uma reação de adaptação (ou seja, o organismo se adapta à nova situação para enfrentá-la), que gera uma momentânea elevação da resistência do organismo. Depois de toda tensão deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e excitação necessário para a manutenção da saúde. Assim se o organismo continuar sendo exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial, o que, a longo prazo, pode gerar problemas de saúde (exemplo: problemas circulatórios). Esse processo atravessa três fases :
- Reação de alarme: a glândula hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico que age sobre as glândulas supra-renais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticóides, como o cortisol. Este por sua vez inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos músculos, ossos e nos tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de aminoácidos no sangue, que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentandoi assim o nível de açúcar no sangue - a excessiva produção de açúcar poder levar a um choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do sistema imunológico.
- Estágio de resistência: caracterizado pela secreção de somatotrofina e de corticóides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.
- Estágio de esgotamento: não cessando a fonte de estresse, as glândulas supra-renais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer.
O modelo de Henry
Este modelo diferencia as reações corporais de acordo com a situação estressora: fuga gera um aumento de adrenalina, luta de noradrenalina e testosterona, depressão (perda de controle, submissão) um aumento de cortisol e uma diminuição de testosterona [7].
O modelo transacional de Lazarus
Esse modelo, também chamado de modelo cognitivo, sublinha a importância de processos mentais de juízo para o estresse: segundo ele, as reações de estresse resultam da relação entre exigência e meios disponíveis. Essa relação é, no entanto, mediada por processos cognitivos (juízos de valor e outros). Assim, não apenas fatores externos podem agir como estressores, mas também fatores internos, como valores, objetivos, etc. O modelo prevê dois processos de julgamento [3]:
1. Juízo primário (primary appraisal): modificações, que exigem uma adaptação do organismos para a manutenção do bem-estar, são julgadas quanto a três aspectos - se a situação é (a) irrelevante, (b) positiva ou (c) negativa para os objetivos do indivíduo. Se os acontecimentos são considerados irrelevantes ou positivos, não ocorre nenhuma reação de estresse; reações de adaptação são típicas de situações julgadas negativas, nocivas ou ameaçadoras.
2. Juízo secundário (secondary appraisal): Após a decisão sobre a necessidade de adaptação, ocorre um julgamento dos meios disponíveis para essa adaptação, para a solução do problema. Se a relação entre exigências e meios for equilibrada, então a situação é tomada por um desafio - o que corresponde ao conceito de eustresse (estresse positivo, ver acima "Definições"); se os estressores forem tomados por um dano ou perda o indivíduo experiencia emoções de tristeza e de diminuição da auto-estima ou de raiva; se os estressores forem considerados uma ameaça a emoção é medo - ambos os casos correspondem ao distresse de Seyle.
Teoria da manutenção de meios de Hobfoll
A teoria do grupo de pesquisa de Hobfoll apresenta uma compreensão mais ampla e mais ligada ao contexto social do estresse. Ela parte do princípio que o ser humano têm por objetivo manter os meios (ing. ressources) que têm e buscam gerar novos. Estresse define-se aqui como uma reação ao meio-ambiente em que ou (1) há uma ameaça de perda de meios, ou (2) há uma real perda de meios, ou ainda (3) o aumento de meios esperado fracassa depois de uma investição com o objetivo de aumentá-los.
O modelo estresse-vulnerabilidade
De acordo com o modelo estresse-vulnerabilidade o irromper de um transtorno mental ou de uma doença física está ligado, de um lado, à presença de uma predisposição genética ou adquirida no decorrer da vida (vulnerabilidade) e, de outro, à exposição a estressores. Quanto maior a predisposição, menor tem de ser o nível de estresse para que um distúrbio qualquer irrompa. A relação entre vulnerabilidade e estresse, no entanto, é mediada pela resiliência, ou seja, a capacidade do indivíduo de resistir ao estresse[3]. Importante para este tema é o conceito de salutogênese.
Tratamento
O tratamento pode ser feito através de remédios e atividade física regular controlada por profissional médico habilitado, ou, eventualmente, por profisionais da educação física e aparelhos, quando não forem administrados medicamentos, assim como com tratamento psicológico realizado por um psicólogo.Fadiga (medicina)
A palavra fadiga é usada cotidianamente para descrever uma série de males, que vão desde um estado genérico de letargia até uma sensação específica de calor nos músculos provocada pelo trabalho intenso. Fisiologicamente, "fadiga" descreve a incapacidade de continuar funcionando ao nível normal da capacidade pessoa[devido a uma percepção ampliada do esforço, Fadiga é onipresente na vida cotidiana, mas geralmente torna-se particularmente perceptível durante exercícios pesados.
A fadiga possui duas formas; uma se manifesta como uma incapacidade muscular local para desenvolver um trabalho e a outra se manifesta como uma sensação abrangente de falta de energia, corporal ou sistêmica. Devido a estas duas facetas divergentes de sintomas de fadiga, tem sido proposto que as causas da fadiga sejam encaradas sob perspectivas "central" e "periférica"
A fadiga pode ser perigosa quando são realizadas tarefas que demandem concentração constante, tais como dirigir um veículo. Quando uma pessoa está suficientemente fatigada, ele ou ela pode experimentar períodos de microssono (perda de concentração). Todavia, testes cognitivos objetivos deverão ser feitos para diferenciar os déficits neurocognitivos dos males cerebrais daqueles atribuíveis ao cansaço.
Acredita-se que a sensação de fadiga origina-se no sistema ativador reticular na base do cérebro. Estruturas musculo-esqueléticas podem ter co-evoluído com estruturas cerebrais apropriadas de modo que todo o conjunto funcione de forma construtiva e adaptativa.Os sistemas conjuntos de músculos, juntas e funções proprioceptivas e cinestésicas mais partes do cérebro evoluem e funcionam conjuntamente de forma unitária).
Tipos
Existem dois tipos principais de fadiga: central e periférica.
Lista de condições associadas
- AIDS
- Anemia
- Anorexia nervosa
- Ansiedade ou Síndrome do pânico
- Artrite
- Depressão clínica
- Diabetes
- Doença celíaca
- Endometriose
- Fibromialgia
- Hepatite C
- HIV
- Hipertiroidismo
- Hipotiroidismo
- Hipoglicemia
- Insuficiência adrenal
- Leucemia ou Linfoma
- Medicamentos
- Mononucleose
- Esclerose múltipla
- Miastenia grave
- Mal de Parkinson
- Pneumonia
- Gravidez
- Sinusite
- Privação do sono
- Fome
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