Os novos três pacientes estão internados em hospitais particulares; são duas mulheres e um homem
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirmou, nesta sexta-feira (05), a existência de mais três casos da bactéria Klebsiella Penumoniae Carbapenemase (KPC). Os pacientes são duas mulheres e um homem, internados em UTIs de três hospitais privados. Eles se encontram em estado de saúde grave, mas com sinais vitais estáveis. Dessa forma, sobe de sete para dez o número de casos da bactéria em Pernambuco. Uma pessoa faleceu e uma já recebeu alta hospitalar. O restante segue internado.
Dos três novos casos informados pela SES, dois ainda estão colonizados e um desenvolveu a infecção. O gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, afirmou que não há motivo para temor. “Estamos acompanhando os casos. Nós temos as medicações, os profissionais estão capacitados e seguindo todas as nossas instruções”, explicou.
A KPC é uma bactéria multirresistente, que produz enzima carbapenemase, capaz de anular a ação das principais classes de antibióticos existentes. Ela é resultado da mutação genética da bactéria Klebsiella Pneumoniae - comum no trato gastrointestinal. A KPC foi identificada pela primeira vez durante um surto que aconteceu nos Estados Unidos, em 2001. A principal causa da mutação é o uso abusivo de antibióticos.
Os médicos alertam que um gesto simples, mas fundamental, para evitar a contaminação é o ato de lavar as mãos com água e sabão. Isto pode ajudar e muito a reduzir a infecção hospitalar. “Em 99% dos casos é possível evitar a contaminação lavando as mãos”, disse o infectologista Moacir Jucá
A prevenção ainda é a melhor estratégia contra a infecção hospitalar. Cuidado com a limpeza, treinamento de pessoal, álcool em gel espalhado nos pontos de circulação. Com o crescimento no número de casos, o sinal de alerta foi acionado nos hospitais . As ações pra evitar os casos de infecção foram intensificadas com a nova ameaça da superbactéria KPC.
“Ela é constante nos hospitais, mas agora vem aparecendo com mais freqüência”, disse Mardônio Quintas, do Sindicato dos Hospitais Particulares.
Os técnicos da Vigilância Sanitária reconhecem que não sabem os números exatos da infecção hospitalar porque muitos hospitais não informam as ocorrências. Agora a notificação é obrigatória. Uma ficha deve ser preenchida e encaminhada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária assim que o caso for identificado. Antes, os relatórios eram semestrais.
Deixar de notificar é infração sanitária e a punição é uma multa que pode variar de R$ 2 mil R$ 1,5 milhão.
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