O Brasil é movido, basicamente, pela energia oriunda das hidrelétricas. Tendo em vista este fato, seria lógico que a tarifa paga pelos brasileiros fosse baixa, já que esta fonte de energia é a mais barata, do ponto de vista de geração; mas não é o caso, pagamos a terceira maior tarifa do mundo.
Isto é devido aos contratos de concessões que o governo faz com as empresas, para que sejam viabilizadas a construção das usinas e a distribuição da energia, que são as partes mais caras de todo o processo até a chegada da eletricidade nas residências. Através destas concessões, as empresas são liberadas para fazer a cobrança de um valor adicional nas faturas dos usuários, que acabam custeando a obras das usinas e a distribuição da eletricidade.
Porém, esta cobrança só pode ser feita por um período de, no máximo, 35 anos. E, agora, na eminência do vencimento das concordatas, no ano de 2015, as empresas e o governo querem fazer renovações sem passar por um processo licitatório, o que é contra a lei constitucional. Lei esta que prescreve que sejam realizados leilões para a renovação dos contratos, medida que permitirá uma significativa diminuição do preço da energia elétrica no País, o que fará com que os brasileiros economizem dinheiro.
Com o intuito de fazer valer a norma constitucional e lutar para que haja uma redução nas tarifas, a Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) lançou, no dia quinze de agosto, a campanha ENERGIA A PREÇO JUSTO, que visa ao recolhimento de assinaturas no site www.energiaaprecojusto.com.br, site este que traz também esclarecimentos para população que será beneficiada, segundo o presidente da FIESP, Paulo Skaf. Ele mesmo afirma que "reduzir o preço da energia permitirá que as famílias economizem na conta de luz, que os produtos fiquem mais baratos, que as pessoas comprem mais. Isso movimenta toda a economia e gera empregos". Além disso, valoriza o tão suado salário dos trabalhadores, que movem o Brasil, que têm direito a pagar o preço justo pelo que hoje é algo mais que necessário: a energia elétrica.
Escrito por: Vanderlaine Isidorio ex-componente da nossa redação.