A 3ª Entrevista com Adriano Silva/BA.
Sou Adriano Silva Santos, tenho 23 anos, sou graduado em Tecnólogo em Segurança do Trabalho pela UNISA – Universidade de Santo Amaro. Atualmente
estou cursando Pós-Graduação em Gestão, Segurança e Saúde do Trabalho pela
Faculdade Guanambi. Presto serviços na área de Segurança do Trabalho como
instrutor. Minha experiência como prevencionista é baseada nos treinamentos,
cursos e workshop que venho reciclando sempre.
GTSVF- Pra você, o que significa ser um Tecnólogo
em Segurança do Trabalho?
Adriano- Ser um Tecnólogo em Segurança do Trabalho é contribuir com seu
aprendizado na área de segurança no trabalho, eliminando ou atenuando os riscos
e as doenças ocupacionais que os colaboradores estão cada dia mais expostos. O
Tecnólogo tem uma visão dinâmica, pois durante sua graduação e até mesmo no dia
a dia de sua profissão tem um leque de conhecimentos como prevencionista.
GTSVF - Quais motivos o (a) levaram a escolher a profissão de Tecnólogo
em Segurança do Trabalho?
Adriano- Escolhi a profissão de Tecnólogo em Segurançado Trabalho no intuito de semear a cultura prevencionista entre as empresas e
até mesmo na sociedade.
GTSVF - Você acha que a faculdade onde você estudou
realmente valoriza o Tecnólogo em Segurança do Trabalho ou somente estava
interessada nos lucros financeiros?
Adriano- Como já
mencionado no tópico acima sou graduado pela UNISA – Universidade de Santo
Amaro, partindo-se do pressuposto sobre a valorização tenho consciência que a
instituição na qual escolhi dar total apoio para o curso em questão.
GTSVF - Você acredita que alunos que estudaram em
universidades públicas, têm mais preparação para o exercício de sua função que
os graduados em faculdades particulares?
Por quê?
Adriano- Não, a
preparação de um bom profissional não está embasada onde foi feito o curso e
sim como foi feito, ou seja, para ser um excelente profissional no mercado de
trabalho tão competitivo é necessário que o aluno estude a fundo o curso que
escolheu, se esse aluno buscou conhecimentos não só nas disciplinas que são
ministradas em sala de aula com certeza será um profissional qualificado para o
mercado independentemente se ele foi aluno de faculdade ou universidade.
GTSVF - A competência depende do tempo que se passa
em uma sala de aula? O que garante a competência do Tecnólogo em segurança do
trabalho?
Adriano- No meu ponto de vista a competência é
utilizada para designar uma pessoa qualificada em alguma coisa. Sendo assim não
só o tempo em sala de aula é que vai definir a competência. A competência do
Tecnólogo engloba todo o aspecto ligado ao ensino e aprendizado, se o tecnólogo
fez seu curso em uma rede de ensino de boa qualidade e obteve uma boa
aprendizagem consequentemente sua competência será alcançada.
GTSVF - Quais as dificuldades você encontrou até
chegar o momento da tão almejada formatura?
Adriano- A maior
dificuldade que encontrei quando era discente do curso de Tecnólogo em
Segurança do Trabalho foi desvendar as Normas Regulamentadoras.
GTSVF - Quais as maiores dificuldades que um
Tecnólogo em Segurança do Trabalho enfrenta para o exercício de sua função?
Adriano- Hoje a maior dificuldade que o Tecnólogo em
Segurança do Trabalho vem enfrentando é a não aceitação dos empregadores. Pois
até o momento o tecnólogo não está na norma regulamentadora 04 que obriga as
empresas contratar apenas Engenheiros, Médicos, Enfermeiros e Técnicos.
GTSVF - O mercado de trabalho está preparado para
receber os profissionais em Segurança do Trabalho? Por quê?
Adriano- Se olharmos de modo
geral a resposta é não, pois, quando adentramos nas empresas observamos que a
cultura do mercado de trabalho brasileiro é “pobre” quanto aos conhecimentos
prevencionista, isso dificulta para o profissional em SST atuar.
GTSVF - Qual a postura que uma empresa deve
tomar para diminuir os números de acidentes no trabalho?
Adriano- Como profissional em SST vou resumir em
apenas uma frase: “Empresas sem acidentes são aquelas que possuem prevenção”.
GTSVF - Quais as principais características que um
Tecnólogo em Segurança do Trabalho deve apresentar para que possa desenvolver
um trabalho eficaz?
Adriano- - Trabalhar com seriedade;
- Visão Prevencionista;
- Trabalhar
sempre aliado a ética profissional.
GTSVF- Você acha que existe preconceito contra o
Tecnólogo em Segurança do Trabalho por parte dos Técnicos e/ou Engenheiros de
Segurança do Trabalho? Qual a razão disso?
Adriano- Hoje o preconceito está sendo extinto, o Tecnólogo em Segurança do
Trabalho veio para somar esforços no sentido de suprir lacunas
técnico-profissionais. É nesse conceito que os Técnicos e os Engenheiros de
segurança do Trabalho estão se conscientizando.
GTSVF - Você acha que as DRTs, hoje
Superintendências do Trabalho, têm colaborado com nossa profissão ou falta
atitude por parte delas? Justifique.
Adriano- A Superintendência do Trabalho é apenas um órgão
fiscalizador do MTE, sendo assim este órgão não poderá por empecilhos na
atuação do Tecnólogo, pois o próprio órgão MTE já reconhece a profissão.
GTSVF - Você acha que há espaço para os Tecnólogos
no SESMT?
Adriano- Se olharmos apenas para a NR 04 SESMT o tecnólogo não poderá fazer parte,
porém existem empresas que têm uma visão empreendedora e englobar o tecnólogo
no SESMT.
GTSVF- Qual a
situação do seu estado diante a segurança do trabalho?
Adriano- Pelas informações que venho atualizando, a Bahia está
cada vez mais investindo na fiscalização, para que as empresas e indústrias se
atualizem também no tocante a segurança e saúde dos trabalhadores.
GTSVF- O que você tem feito ou pode realizar para
fazer a diferença no mercado de trabalho?
Adriano- Tenho feito atualmente cursos de reciclagem,
estou cursando Pós-Graduação em Gestão, Segurança e Saúde do Trabalho e sou
instrutor de segurança do trabalho de algumas instituições.
GTSVF – Quais conselhos você
daria a uma pessoa que quer iniciar o Curso superior em Segurança do trabalho?
Adriano- Para quem gosta de LEI o curso de Tecnólogo
em Segurança do Trabalho é uma ótima opção, além de ter um mercado cada dia mais
promissor.
GTSVF – Como você acha que o
site de tecnólogo em segurança do trabalho pode contribuir para a qualidade de
vida na rede mundial?
Adriano- Quando se trata de Web Site as
informações são espalhadas com maior velocidade, sendo assim o site contendo
informações educativas voltadas para a área prevencionista tem o seu destaque
mundial. Pois através dos sites podemos trocar informações em um plicar de
olhos.
GTSVF- Usando a frase “Trabalho
Seguro, Vida Futura” crie uma mensagem para os nossos leitores.
Adriano-
“O tempo passa, a vida passa, mas o trabalho seguro não pode passar jamais. Tem
sempre que permanecer junto a nós para semear uma vida futura”.
GTSVF – Deixe uma mensagem
final para essa entrevista.
Adriano- “Um navio carregado de ouro, revestido de todo o cuidado e segurança atravessava o oceano quando, de repente, o motor enguiçou. Imediatamente, o
comandante mandou chamar o técnico do porto mais próximo, o técnico chegou de
helicóptero e trabalhou durante uma semana, porém sem resultados concretos. Chamaram
então o melhor engenheiro naval do país. O engenheiro trabalhou três dias
inteiros, sem descanso, mas nada conseguiu. O navio continuava enguiçado. A empresa
proprietária do navio mandou, então, buscar o maior especialista do mundo
naquele tipo de motor. Ele chegou, olhou detidamente a casa das máquinas,
escutou o barulho do vapor, apalpou a tubulação e, abrindo a sua valise,
retirou um pequeno martelo. Deu uma martelada em uma válvula vermelha (que
estava emperrada) e guardou o martelo de volta na valise. Mandou ligar o motor
e este funcionou perfeitamente na primeira tentativa. Dias depois, chegaram às
contas ao escritório da empresa de navegação.
Por uma
semana de trabalho, o técnico cobrou us$ 700. O engenheiro naval cobrou, por três
dias de trabalho, us$ 900. Já o especialista, por sua vez, cobrou us$10,000.00
pelo serviço. Atônito com esta última conta, o diretor financeiro da empresa
enviou um telegrama ao especialista, perguntando: “Como você chegou a esse
valor de us$10 mil por cerca de 1 minuto de trabalho e uma única martelada?”
O especialista,
então, enviou as seguintes especificações, no cálculo dos seus honorários
profissionais à empresa:
- por dar
uma martelada……………………………………. us$1
- por
saber exatamente onde bater o martelo……. us$ 9.999″
MORAL DA HISTÓRIA
“o que vale, na prática, não é dar marteladas, mas
saber onde bater o martelo”.
- Responsável pela entrevista Josenir Rodrigues componente do GTSVF.