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Em direção à prevenção: Organizações buscam na eficácia o caminho para a sobrevivência


Um dos assuntos da moda é falar sobre eficiência e eficácia. De nossa parte torcemos para que o modismo sirva para as pessoas entenderem a importância de assimilar e pôr em prática estes conceitos e muito especialmente a relação viva entre os dois - afinal de contas é para isso que servem as idéias e as teorias, e os profissionais não devem ficar alheios aos benefícios que algumas delas podem trazer – embora todos saibamos que algumas delas não são mais do que novos sócios do velho clube dos invencionismos que assim como surgem do nada logo desaparecem na mesma direção. Especificamente para nossa área é essencial que nossos colegas analisem com imparcialidade “a quantas anda” a questão da eficiência e eficácia em sua atividade profissional e especialmente nas organizações onde atuam. Isso às vezes fica meio esquecido quando trabalhamos em uma área que tem por trás uma norma que garante a existência do profissional – mas lembrem que a existência daquela vaga não quer dizer que ela seja sua para sempre. As estruturas das organizações estão cada vez mais enxutas e com certeza as pessoas que “consegue resultados” vão ganhando espaços. Há algum tempo ser chamando de eficiente era o máximo dos elogios. Ser eficiente é ter a capacidade de fazer certo e bem feito. Então alguém que é capaz de cumprir as formalidades é eficiente. Assim, um prevencionista que é capaz  de fazer um programa de segurança dentro dos parâmetros da norma é um profissional eficiente. 

De uns tempos para cá não basta mais ser eficiente é preciso ser também eficaz. Ser eficaz é ter a capacidade de usar a eficiência para cumprir a missão. Não basta então apenas SABER FAZER (ser eficiente), é preciso alcançar a missão – ser eficaz. Não basta ter bom chute, tem que fazer gol. Resumindo então “eficiência” é fazer alguma coisa certa, correta, sem muitos erros. Eficácia é fazer algum trabalho que atinja plenamente o resultado que se espera. É fazer “a coisa certa”, ou seja, a coisa  que conduza ao resultado almejado. E aí começa o problema – não só de nossa área como de muitas outras. A primeira parte dele diz respeito a não sabermos com clareza qual a nossa missão. Isso precisa ser bem entendido dentro da organização. Há muita confusão sobre este assunto. Isso leva ao consumo de muita energia com pouca direção e geralmente está por trás das relações em que os SESMTs têm certeza que trabalham muito e ao mesmo tempo têm pouco reconhecimento.

RESULTADOS  É muito interessante escrever sobre  isso, ainda mais por sabermos que em cada organização se espera do SESMT posicionamentos e ações diferentes, algo  que venha a se ajustar à cultura daquela empresa e por isso seja mais útil. É preciso ser eficiente na direção certa – com uma direção definida - eis aí um bom começo  para a eficácia. Um exemplo muito interessante para esclarecer o assunto diz respeito à perfuração de um poço artesiano. Eficiência é cavar com perfeição técnica, eficácia é encontrar água. E não é difícil estender este entendimento para a realidade de nossa área onde a eficiência pode estar associada ao cumprimento da legislação, mas a eficácia aos resultados práticos que este cumprimento deve obter. Na prática isso quer dizer que boa parte de nossa gente fica mais atenta a ser simplesmente eficiente esquecendo que isso deve gerar resultados. Em tempos atuais não gerar resultados práticos é algo que pode ser fator decisivo para que alguém tão eficiente quanto você venha a substituí-lo levando em conta a necessidade da eficácia. Bons programas de segurança, procedimentos bem escritos e práticos, inspeções de segurança bem ajustadas, entre outras coisas, demonstram a eficiência do profissional – mas se não são capazes de atingir os resultados aos quais se propõem certamente estão muito distantes de serem eficazes. Fica claro que olhar para os resultados faz parte da conduta da área ou do profissional que deseja estar inserido no conceito de eficaz. E este olhar para o resultado passa distante de apenas buscarmos culpados “externos”. Antes passa pela reflexão bastante detalhada da qualidade do que fazemos, da forma com que fazemos – e especialmente  se isso tudo é compatível com aquilo que esperam de nosso trabalho. Para as organizações o que interessa, na verdade, são profissionais que sejam capazes de, a partir de sua eficiência, garantir a eficácia e isso pode querer dizer muitas coisas já que nem sempre os “eficientes” programas permitem chegar à eficácia. Por isso cabe aqui a pergunta principal: sua eficiência tem cooperado para a eficácia? Pouca gente se dá ao trabalho de questionar e se trancam dentro e a partir de velhos conceitos e alguns até dizem que sempre foi assim e não há nada a ser mudado.

 Parecem esquecer que mesmo em velocidades diferentes tudo tende a evoluir e que diante desta realidade devemos estar prontos e, mais do que isso, aptos e preparados para fazer frente às novas necessidades. No caso específico da área de prevenção, os erros conceituais do passado – entre eles a postura do SESMT como dono da prevenção – perde espaço rapidamente para o SESMT capaz de planejar a prevenção a partir de todos os gestores. De uma forma bem rude é preciso entender que o profissional que antes usava o apito para interromper o trabalho inseguro deveria hoje saber planejar o uso do apito pelas outras áreas, até porque embora o “método do apito” se e em algum momento foi eficiente – com certeza raras vezes foi, de fato, eficaz. Use sua eficiência para pensar em eficácia. Dedique um tempo para entender qual a sua missão e trabalhe para ir na direção dela. O que você faz vai ser muito importante se for capaz de alcançar os resultados esperados.


                                                   Por Cosmo Palásio de Moraes Junior

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