Por Tatyanne Morais
Foi-se o tempo em que uma empresa era um mero local de trabalho e o emprego associado a um fardo. Hoje, por meio de atividades de saúde e bem-estar promovidas pelas organizações, é possível encontrar um ambiente descontraído para cumprir o serviço diário. Além de benefícios básicos, como vale-alimentação e vale-transporte, as instituições têm buscado oferecer práticas como ginástica laboral, sala de descanso e horários flexíveis.
Empresas modernas, segundo a analista de produtos do Sesi, Dalma Sotero, entendem que qualidade não se restringe apenas ao ponto de vista técnico de controle de fabricação do produto. Está associada também à cultura, isto é, crenças e valores praticados por aqueles que influenciam diretamente na produtividade e competitividade da empresa, compreendendo que o ser humano, em condições favoráveis, gera melhores resultados. “Ações desenvolvidas visando à promoção da saúde e do bem-estar dos trabalhadores não se constituem mais um custo para as organizações contemporâneas, mas o maior investimento delas”, afirma.
A psicóloga Grace Wanderley, ,explica que empresas são formadas por pessoas, que precisam se sentir bem e ter saúde para fazê-las funcionar. Logo, é fundamental que as organizações atuem na manutenção da saúde, do humor e façam com que o empregado encontre bem-estar no trabalho.
“Se as pessoas estão felizes com a saúde, elas produzem bem. Fazem por prazer. Os resultados são completamente diferentes dos que trabalham por obrigação”, garante Grace, que é diretora do Libertas Comunidade, empresa que realiza palestras, atividades e cursos voltados para a promoção da saúde.
De acordo com o psicólogo e também diretor da Libertas, Jayme Alves, quando as pessoas têm oportunidade de interagir, como em um ambiente de trabalho, a motivação passa a ser maior. “O trabalho é capaz de proporcionar a realização plena da pessoa”, ressalta. Segundo o especialista, é por tais motivos que as empresas precisam investir em programas atrativos, caso contrário, os colaboradores não sentirão prazer nas atividades oferecidas e participarão apenas por obrigação.
Segundo Dalma Sotero, além do aumento de produtividade, práticas de saúde e bem-estar resultam em bom clima organizacional e reações favoráveis a mudanças. Outros pontos positivos também são estímulo para priorização de tarefas de importância institucional e redução dos custos com melhoria da saúde. Os benefícios são igualmente válidos para os funcionários: “Eles apresentam sentimentos de satisfação, elevada autoestima, reconhecimento, redução do estresse, com reflexos positivos na saúde psíquica e somática do trabalhador e maior disposição para o trabalho”, lista Dalma.
Para conferir um clima mais prazeroso à empresa, Dalma recomenda a realização de oficinas, cursos e palestras com foco educativo, além de programas em segurança e saúde que são obrigatórios pela legislação. “O intuito é estimular a mudança de comportamento de risco e adoção de hábitos saudáveis envolvendo saúde, lazer e estilo de vida, a partir de programas de responsabilidade social”, enfatiza.
por peinvestimento
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