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PROFISSIONAIS DO PRESENTE E PROFISSÃO DO FUTURO: TECNÓLOGOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO.

                                8ª Entrevista com Márcia Bastos Paes e Mello/PE

Sou Márcia Bastos Tecnóloga em Seg. do Trabalho, Pós-Graduada em Gestão em Saúde e tenho 29 anos de idade. Atualmente sou Consultora e Sócia da CONSEG – Consultoria em Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente e sou professora na área de Segurança do Trabalho em duas escolas técnicas do Recife/PE.

GTSVF- Pra você, o que significa ser um Tecnólogo em Segurança do Trabalho?

Márcia- Um profissional com atitude e postura de gestor prevencionista, sempre em busca de atualizar seus conhecimentos, informado com o que acontece no mercado de trabalho e que busca novas propostas de melhoria para o ambiente laboral.

GTSVF - Quais motivos o (a) levaram a escolher a profissão de Tecnólogo em Segurança do Trabalho?

Márcia- Primeiramente foi a expansão no mercado de trabalho para esta área, depois, logo que comecei o curso percebi que havia feito a escolha certa, pois gosto de interagir com pessoas e a Segurança do Trabalho me proporciona isso.

GTSVF- Você acha que a faculdade onde você estudou realmente valoriza o Tecnólogo em Segurança do Trabalho ou somente estava interessada nos lucros financeiros?

Márcia- Sim, valoriza o tecnólogo. Toda e qualquer instituição organizacional privada precisa dar lucro para pagar suas contas e se manter no mercado. O mais importante é que ela não falhou no seu principal objetivo nos fornecendo uma boa infra-estrutura e ensino de qualidade.

GTSVF - Você acredita que alunos que estudaram em universidades públicas, têm mais preparação para o exercício de sua função que os graduados em faculdades particulares? Por quê?

Márcia- Não. Acredito que a competência do profissional está ligada diretamente com a dedicação individual de cada um. Faço este comentário a partir da minha vivência, pois antes de iniciar minha graduação Tecnológica em uma faculdade privada eu estudava em uma instituição de nível superior pública e particularmente não percebi diferença quanto à qualidade do ensino. Inclusive boa parte dos meus professores da faculdade privada também ministrava aula em instituições públicas.

GTSVF - A competência depende do tempo que se passa em uma sala de aula? O que garante a competência do Tecnólogo em segurança do trabalho?

Márcia- Atualmente o profissional da área de Segurança do trabalho que apresenta maior carga horária é o Tecnólogo com 2400h. É verdade que a prática é importante, porém é impossível ser um bom profissional sem uma boa base teórica sendo importante aliar esse conhecimento a uma atividade prática como, por exemplo, um estágio. O estudante que souber relacionar conhecimento teórico com as atividades práticas irá se destacar como profissional de segurança.

GTSVF - Quais as dificuldades você encontrou até chegar o momento da tão almejada formatura?

Márcia- A insegurança por ter ingressado num curso novo, principalmente pelo fato de ter sido da primeira turma Norte/nordeste de Tecnólogo em Segurança do Trabalho.

GTSVF - Quais as maiores dificuldades que um Tecnólogo em Segurança do Trabalho enfrenta para o exercício de sua função?

Márcia- A ausência da cultura prevencionista por parte da maioria das empresas brasileiras e por que não dizer do povo brasileiro.

GTSVF - O mercado de trabalho está preparado para receber os profissionais em Segurança do Trabalho? Por quê?

Márcia- Se levarmos em consideração que existe no Brasil um número expressivo de acidentes e doenças ocupacionais a resposta é sim, por outro lado o fato do tecnólogo não fazer parte do SESMT dificulta a inserção destes profissionais no mercado de trabalho. Resumindo, sobra trabalho, mas falta emprego.

GTSVF - Qual a postura que uma empresa deve tomar para diminuir os números de acidentes no trabalho?

Márcia- Investir mais em Saúde e Segurança no Trabalho e entender a segurança como um investimento e não como um custo desnecessário.

GTSVF - Quais as principais características que um Tecnólogo em Segurança do Trabalho deve apresentar para que possa desenvolver um trabalho eficaz?

Márcia- Um profissional pró-ativo, com atitude de gestor prevencionista que saiba conscientizar empresários e colaboradores sobre a importância da SSTM - Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente, liderança, humildade, capacidade de trabalhar em equipe, que busca inovação e conhecimento sistemático.

GTSVF- Você acha que existe preconceito contra o Tecnólogo em Segurança do Trabalho por parte dos Técnicos e/ou Engenheiros de Segurança do Trabalho? Qual a razão disso?

Márcia- Sim, infelizmente o preconceito existe. A única resposta que me vem à cabeça sobre este fato é que eles têm medo de perder espaço no mercado de trabalho. Isso é uma pena, pois o tecnólogo não veio para subtrair, mas sim para somar agregando valores e conhecimentos à área de segurança.

GTSVF - Você acha que as DRTs têm colaborado com nossa profissão ou falta atitude por parte delas? Justifique.

Márcia- As DRTs que agora são Superintendências colaboram com o cumprimento da aplicação das Normas de Segurança e são de caráter fiscalizador, portanto, não espero atitude por parte delas. No entanto, algumas entidades governamentais do Brasil que atuam em pesquisa científica e tecnológica relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores, deveriam procurar divulgar mais o tecnólogo de segurança como profissional habilitado em gestão de Segurança do Trabalho.

GTSVF - Você acha que há espaço para os Tecnólogos no SESMT?

Márcia- Sim, com a descrição do CBO do tecnólogo fica clara sua posição diante do SESMT, que é a de gestor de Segurança do Trabalho.

GTSVF- Qual a situação do seu estado diante a segurança do trabalho?

Márcia- Gostaria de dizer que o estado é exemplo para outros, porém estaria mentindo, acredito que isso se deve ao fato da ausência de cultura prevencionista, às vezes tenho a impressão de que é preciso que a empresa seja notificada pela fiscalização para só então tomar uma providência a respeito de Saúde e Segurança do trabalhador. Mas reconheço que nos últimos anos a situação no nosso estado vem melhorando gradativamente.

GTSVF- O que você tem feito ou pode realizar para fazer a diferença no mercado de trabalho?

Márcia- Busca sistemática por novos conhecimentos, procurando atuar de forma ética e conscientizando os estudantes e profissionais da área sobre a importância da SSTM dentro das organizações sempre embasada e atualizada na legislação vigente.

GTSVF – Quais conselhos você daria a uma pessoa que quer iniciar o Curso superior em Segurança do trabalho?

Márcia- Primeiro se identificar com a área, se dedicar durante o curso estar sempre se reciclando principalmente no que diz respeito à legislação de segurança.

GTSVF– Como você acha que o site de tecnólogo em segurança do trabalho pode contribuir para a qualidade de vida na rede mundial?

Márcia- Divulgando a importância de um ambiente laboral sadio, evitando doenças e acidentes do trabalho e os benefícios do comprometimento com a SSTM para as organizações.

GTSVF- Usando a frase “Trabalho Seguro, Vida Futura” crie uma mensagem para os nossos leitores.

Márcia- O acidente do trabalho é um desperdício para as organizações, logo, investir em segurança é uma forma inteligente de ter um ambiente saudável, com trabalhadores motivados alavancando resultados para as empresas.

GTSVF– Deixe uma mensagem final para essa entrevista.

Márcia- Nenhum sucesso na produção compensa o fracasso na segurança, pois passamos a maior parte do nosso tempo no ambiente laboral, logo precisamos estar em um local seguro para preservarmos nosso maior bem que é a vida.