Os profissionais que acompanham os doentes dentro da câmara (attendants), no âmbito da Medicina Hiperbárica, estão sujeitos a diversos riscos significativos. O controlo a nível ocupacional tem um papel importante na deteção atempada das patologias disbásicas. Os exames médicos a que estão sujeitos estes profissionais hiperbáricos estão definidos na legislação portuguesa em dois quadros legais distintos: caixões de ar comprimido e mergulho profissional. A sua revisão e adequação a cada uma das atividades são essenciais. Propõe-se, justificando, um esquema de consultas e exames médicos abrangente para a Medicina Hiperbárica, contemplando as várias especialidades médicas onde existe evidência de manifestação de patologias relacionadas com a atividade em meio hiperbárico. Palavras-chave Riscos, oxigenoterapia hiperbárica, attendant, exames médicos. Introdução A Oxigenoterapia Hiperbárica (HBO) está amplamente difundida a nível internacional.
Em Portugal a Medicina Hiperbárica tem vindo a desenvolver-se desde 1953. No Continente, com três Câmaras Hiperbáricas - duas no Hospital da Marinha, a primeira instalada em 1989, e uma no Hospital Pedro Hispano em 2006. Nas Ilhas, na Madeira, foi instalada em 2007 uma no Hospital Central do Funchal e, no final de 2010, uma outra no Hospital de Ponta Delgada, nos Açores. A HBO é uma modalidade de tratamento médico, do âmbito da Medicina Hiperbárica, na qual o paciente ventila oxigénio puro (100%) a uma pressão ambiente superior à pressão atmosférica normal, para a supressão ou controlo de condições patológicas específicas. As câmaras hiperbáricas são compartimentos estanques, habitualmente cilíndricos, construídos com materiais resistentes a elevadas pressões e classificadas como dispositivos médicos. Estão, por isso, sujeitas a rigorosa regulamentação [1] [4]. O tratamento HBO em Portugal é realizado em câmaras Multilugar. Pode ser realizado em sessões de rotina de 60 a 120 minutos, sendo a pressão aplicada, a duração da sessão e o tempo total de tratamento baseados em protocolos indicados para as patologias, de acordo com as condições clínicas dos pacientes. No caso de situações clínicas críticas o tratamento envolve até 3 sessões em 24h; no caso de acidentes de descompressão pode durar até 12 horas de tratamento na câmara. A câmara hiperbárica configura-se como um “espaço confinado”, de acordo com as definições da OSHA 3138-01R 2004, exceto no aspeto particular de ter sido projetada para ocupação contínua por parte do trabalhador, por inerência intrínseca da HBO, a saber:
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